domingo, 15 de novembro de 2015

A Crítica Escondida no Poema o Leão e o Porco

Cibelli Aparecida de Jesus*
Emily Carsolari**
Stefanie Marques***

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo mostrar uma possível interpretação sobre o que o Manuel Maria Barbosa du Bocage, mais conhecido como Bocage, queria dizer aos seus leitores, para isso usaremos como referência um dos seus poemas “o leão e o porco”. Também faremos uma comparação do poema com a nossa atualidade.

Palavras-chave: Bocage. Leão. Porco.

ABSTRACT

This work has how objective show a possible interpretation of what the Manuel Maria Barbosa Du Bocage, better well-known as Bocage, wanted say to your readers, for this, we will use how reference one of his poems “the lion and the pork”. We will also make a comparison of the poem with our present.

Key-words: Bocage. Lion. Pork.

INTRODUÇÃO

Bocage faz uma crítica à sociedade da época, mas ela é quase que imperceptível, já que ele mistura a sátira com a fábula. Se lêssemos o poema “o leão e o porco” só por ler, talvez não notássemos que há algo a mais neste. Não perceberíamos que há uma crítica escondida no poema.
A fábula, usada para dar alguma lição de moral, tem como personagens animais, objetos e planta, mas os mais usados são animais e eles são retratados com características de humanos, pois pensam, falam e agem como tal.
A sátira tem vários sentidos, pode ser construída por meio da ironia e usar palavras para que possa ter duplo entendimento ou pode ser usada para ridicularizar ou ”combater os vícios sociais, punir os maus hábitos através do riso repleto de sarcasmo” (SANTANA).

A CRÍTICA

Bocage, escritor português, escreveu muitas obras com temas satírico e o lírico e utilizando-se da sátira fez um poema, em forma de fábula o qual se chama “o leão e o porco”, para criticar uma ação do rei, que gerou discussão entre o pessoal da nobreza, pois começaram a falar os seus pontos de vista. No poema temos como principais personagens o leão (rei) e o porco (que podemos classifica-lo como camponês ou plebeu).
O poema é narrativo e começa contando que não se sabe a razão do leão ter se engraçado com o porco e de ter dado algo grandioso para ele fazer, pois seria tudo em vão, já que o porco sempre será preguiçoso, torpente e a única coisa que ele irá servir é para assar. Aqui fica clara a indignação que a decisão do rei causou em algumas pessoas, as quais podemos dizer que são da nobreza e que estão se sentido ameaçadas, pensando que o camponês poderá tomar o seu lugar. Sendo assim, elas expressam seus pensamentos e de certa forma insulta o “porco”.
No trecho “Um porco há-de ser porco, inda que o rei dos bichos. O faça cortesão pelos seus vãos caprichos.” Podemos confirmar o que foi dito a cima, que mesmo o rei dando um cargo ou posição grandiosa ou de autoridade ao camponês, o camponês jamais deixaria de ser camponês, pois não se pode mudar a natureza, e se nasceu camponês morrerá camponês. E era assim que acontecia na época em que Bocage viveu. O trono do rei só passava hereditariamente, de pai para filho, tinha o pessoal da nobreza e os camponeses, que nascidos nessa classe morreriam nessa classe.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Podemos notar que há um preconceito em relação ao um camponês ocupar um cargo importante. E o poema deixa bem claro que os “animais” não aceitaram de forma alguma essa escolha do rei e estavam criticando-a falando que isso seria em vão e que nada adiantaria, já que ele seria sempre um preguiçoso. Também podemos dizer que além do preconceito também tem a inveja. Os nobres poderiam estar questionando porque um camponês foi para tal cargo e ele não sendo que, para ele, ele tinha mais mérito para assumir tal compromisso do que um simples camponês.
Com a análise deste poema concluímos que o preconceito não é algo atual, ele vem de muitos anos atrás e que nem todos concordavam com as opiniões do rei, assim como nem todos concordamos com as leis do nosso país ou com o que o (a) presidente (a) quer impor para a sociedade. Sempre haverá questionamentos e opiniões contrárias.
Para entender melhor ou fazer sua própria intepretação, o poema “o leão e o porco” encontra-se em: <http://www.citador.pt/poemas/o-leao-e-o-porco-manuel-maria-barbosa-du-bocage>.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOCAGE, Manuel Maria Barbosa du. O leão e o porco. Disponível em: <http://www.citador.pt/poemas/o-leao-e-o-porco-manuel-maria-barbosa-du-bocage>. Acesso em: 23 maio 2015.

________. Dicionário de português online. Disponível em: <http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/definicao/fabula%20_963873.html>. Acesso em: 23 maio 2015.


Danilo. Dicionário informal. Disponível em: <http://www.dicionarioinformal.com.br/f%C3%A1bula/>. Acesso em: 23 maio 2015.

________. O que é fábula. Disponível em: <http://www.significados.com.br/fabula/>. Acesso em: 23 maio 2015.

SANTANA, Ana Lucia. Sátira. Disponível em: <http://www.infoescola.com/literatura/satira/>. Acesso em: 23 maio 2015.
                 
SANTIAGO, Emerson. Monarquia. Disponível em: <http://www.infoescola.com/formas-de-governo/monarquia/>. Acesso em: 23 maio 2015.

PIRES, Daniel. Bocage poeta da liberdade. Disponível em: <http://purl.pt/1276/1/liberdade.html>. Acesso em: 23 maio 2015.

MOISÉS, Massuad. A literatura portuguesa. 36. ed. São Paulo: Cultrix, 2008.





* Estudante. Universidade Paulista – UNIP. Graduando-se no curso de Letras – Português/ Inglês. Universidade Paulista – UNIP.

** Estudante. Universidade Paulista – UNIP. Graduando-se no curso de Letras – Português/ Inglês. Universidade Paulista – UNIP. 

*** Estudante. Universidade Paulista – UNIP. Graduando-se no curso de Letras – Português/ Inglês. Universidade Paulista – UNIP. 

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